sábado, 27 de abril de 2013

Discurso de Cavaco Silva a 25 de abril: não eleições antecipadas


No dia 25 de abril, Cavaco Silva nas comemorações da data que simboliza o derrube da ditadura proferiu um discurso que para os partidos que integram o governo como um apoio, e os partidos da oposição reagiram negativamente. Cavaco Silva recusou a ideia de eleições antecipadas. Em primeiro lugar é bem notório que do mesmo modo que Cavado Silva “elogia” este governo, no 1º mandato de José Sócrates o “elogiava” (embora no final do 2º mandato de Sócrates, e nos dias de hoje critica severamente a atuação do antigo primeiro-ministro). A partir do momento em que um ou mais partidos têm maioria absoluta é normal que sejam apoiados pelo Presidente da República. Os partidos da oposição apenas fazem críticas ao governo, muitas das vezes estão certos no que dizem. Mas estarem sempre a pedir eleições resolve nada. Cavaco Silva não apoiou apenas o governo, dez com que a democracia continuasse de modo normal. Democracia continuar de modo normal, quer dizer, se um governo foi eleito pelo povo e teve maioria absoluta é normal que seja apoiado pelo chefe da nação.
Qual o sentido de termos agora eleições? Eu não percebo muito bem o motivo de eleições antecipadas. É normal que a governação não é a mais correta, mas em que consiste uma mudança de governo quando pelas sondagens não há ninguém que possa realmente governar. A oposição pede sempre eleições, porque acham que é democrático. Mas descuram o preço que novas eleições iriam custar ao erário público e descuram que não há nenhuma alternativa efetiva ao governo que comete muitos erros.
É importante pensar na responsabilidade que todos têm, começando com os partidos da oposição que constantemente querem eleições. O que resolveriam as eleições neste momento?
Não sou a favor de frases como o “Presidente da República é o mandatário do governo”, porque mesmo que fale poucas vezes, tem sido muito assertivo no que diz. O Presidente da República deve fazer com que não apenas as instituições funcionem, mas deve apoiar quem governa, mesmo que muitas vezes critique as posições do governo (como aconteceu no passado).
Sabemos bem que qualquer Presidente da República eleito, que seja de um partido que ideologicamente se aproxime do partido que faz parte. Mas neste caso Cavaco Silva, faz mais que isso, apoia uma maioria que é apoiada por dois partidos.
Termino, a considerar que qualquer Presidente da República, independentemente da ideologia política, deve apoiar o governo que tenha uma maioria, mesmo que uma minoria queira constantemente eleições.

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