Infelizmente não há dos políticos o conhecimento das
teorias políticas para se debater o que quer que seja, nem igualmente há o
conhecimento da ideologia que os faz militar num determinado partido. Apenas há
um arrastamento e um vazio total nos discursos. Ninguém debate nada de
interessante, o que se supostamente debate não chega a ter a profundidade
necessária para uma democracia. Os problemas reais não são abordados, nem são
resolvidos. Quem debate afinal os problemas políticos?
Seria interessante que os políticos conhecessem quer
a história política, quer igualmente a teoria política, quer a do seu partido,
quer a dos diversos partidos para poder fazer críticas construtivas. Porque num
determinado debate, criticar uma ideia de alguém não é apenas um deita-abaixo,
mas sim, por vezes elogiar o que de melhor foi feito. Isto é, se uma
determinada lei beneficia a população, o partido rival apenas critica por
criticar. Para quando um debate político profundo? Para quando acabam com a
retórica falaciosa que para nada serve?
Os debates em democracia não se resolvem apenas nos
parlamentos onde não há respeito pelo outro, nem respeito pelas ideias opostas.
Apenas há atritos partidários que em nada ajudam um país a resolver os seus
problemas. Os supostos debates devem de ser profundos, debater o que interessa,
discutir as ideias, discutir os argumentos do outro, argumentar com clareza e sem
ausência do vazio de discursos. Acredito que seja impossível que haja um debate
profundo para quem não tenha a capacidade intelectual para debater o que quer
que seja. Nessa ausência de capacidade intelectual apenas se olha para o
partido e não se olha para o ser humano, que o ser humano tem a política para
supostamente resolver os seus problemas. Na política, como na ética o homem
deve estar em primeiro lugar. É muito mais importante o homem que um simples
mecanismo de mercado ou uma super-estrutura do estado. O homem deve estar no
centro da política e no centro do debate político. É do homem que se trata, é
da resolução de problemas que o homem tem que supostamente a política deve de
resolver. Não se deve aumentar os problemas, nem de ter discursos vazios de
sentido.
Por fim, penso que é importante discutir,
argumentar, ouvir, pensar, estar atento para que possa existir um debate
político. Mais importante que tudo isso é ter atenção à linguagem, não ao seu
aspeto psicológico, mas ao seu aspeto enquanto linguagem rigorosa que se tentam
resolver os problemas.
Sem comentários:
Enviar um comentário