Na última declaração do primeiro-ministro, de dia 3
de maio, este anunciou mais medidas de austeridade. Medidas essas de
austeridade quer dizer, mais desemprego, mais receção, e menos economia. As
medidas equivalem a poupar quase tanto com o buraco do BNP (cerca de cinco mil
milhões de euros – peço desculpa por não saber o valor ao certo, mas não sou
economista, e as palavras do primeiro-ministro não dizem tudo sobre os cortes).
Compreendo a posição do governo, relativamente a cortes. Mas uma coisa é eu
compreender a posição do governo relativamente aos cortes, outra coisa é
considerar que onde são feitos os cortes são nos locais certos.
Independentemente do que acontece, diz-se que costumam ser prejudicados os
funcionários públicos e os reformados. Compreendo que se façam cortes, mas não
compreendo quando esses cortes afetam as pessoas. Podem argumentar que mandar
para o desemprego 30 mil funcionários públicos é mal, mas quantos funcionários
públicos estão no desemprego? Quantos funcionários do setor provado estado no
desemprego? Não me estou a por de nenhum lado, apenas estou numa reflexão
especulativa.
Os últimos cortes que foram feitos não deram em
muito bom resultado. Basta que se olhe para os números, que os DOUTORES de
economia nos mostram (falo de organismos, quer estatais, quer da União
Europeia). O resultado deles é bem pesado, e com graves consequências sociais.
Se eu for um médico e tiver um doente que recebe uma dosagem bem forte de
medicamentos e ao fim de um ano o doente não está melhor, qual o sentido de
continuar a aumentar essa medicação, quando quem é prejudicado é o doente?
Atenção, não estou aqui a defender nenhum caminho
contra a austeridade, ou algo do género. Não quero entrar num discurso demagogo
que não temos que pagar a dívida que foi contraída quer por governos
anteriores, quer por este governo. Estou a dizer que se a formula apresentada
não resultou o que faz com que pensem que agora resulta?
Vamos agora imaginar tecnocraticamente que as
pessoas não interessam para a política e apenas interessam os mercados. Se eu
pensar assim, e se a política tem por objetivo ter resultados, qual o sentido
de estar a pensar em cortes que em nada beneficiam a economia? Não sou defensor
desta posição, acho que é um erro, pois a política é uma das formas do homem se
organizar e de discutir os problemas, e o homem deve estar no centro da atuação
da política.
Onde está afinal o crescimento económico que nos era
prometido em 2013? Basta que se olhe para a Grécia, imensa austeridade e consequente
ausência de crescimento económico que continuam hoje pior que ontem, é esse o
caminho que queremos? É isso o caminho que quer o primeiro-ministro?
Nota: o meu texto acima foi referente às medidas de
austeridade que dia 3 de maio foram anunciadas.
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