domingo, 26 de maio de 2013

Como poupar uns trocos


Ouve-se constantemente que se têm que fazer cortes. Muitos desses cortes irão afetar pessoas. O que é deveras duro, para quem paga muitos impostos. Neste texto abordarei o que se pode poupar sem afetar as populações que tanto contribuem para o bem público. Deveriam cortar-se nos salários dos deputados na Assembleia da República (50% do salário – pois há quem viva com 500 euros, porque não reduzir apenas em 50%?). Acabar com as despesas de deslocação de um deputado, por exemplo se um deputado é de Bragança não deve receber a mais por não ter casa própria em Lisboa, porque no caso de eu ser professor não receberei a mais por dar aulas longe de minha casa. Reduzir o número de deputados na Assembleia da República, pois se o mínimo que podem ter segundo a lei é de 180, porque não poupar 50 lugares (deve estar lá quem é mesmo preciso). Acabar com a frota automóvel dos partidos com assento parlamentar e acabar com os carros que fazer parte do Estado (se eu me quiser deslocar de Viana do Castelo para Faro uso o comboio ou autocarro ou carro próprio, não uso carro que o erário público paga). O salário que ganha o primeiro-ministro e os seus ministros deve ser reduzido, mais que 50%, para dar o exemplo, bem como reduzir severamente o salário dos secretários de estado mais de 50%. Reduzir para mais de metade do salário do Presidente da República. Impossibilitar que um gestor de uma empresa pública ganhe mais que o primeiro-ministro. Impossibilitar que ninguém na função pública ganhe mais que o primeiro-ministro (falo com menos de 50% do seu vencimento). Quem quer neste caso ser político ou gestor público, se tiver menos salário (claro que a resposta será positiva, pois o problema não é apenas o que agora auferem, mas o que no futuro, quando deixarem a vida política recebem)?
Acabar com as pensões milionárias da função pública, incluindo as pensões de políticos que ao fim de 3 mandatos se podem reformar. Impedir os Juízes do Tribunal Constitucional que ao fim de 12 anos se possam reformar. Impedir que qualquer profissional do setor público ganhe mais que o primeiro-ministro.
Acabar definitivamente com as Parcerias Público Privadas, rasgar os acordos ruinosos. Deixar que o BPN, mesmo que privatizado, prejudique o erário público. Isto é, se o banco é privado, e tem uma pequena cota de mercado (até mesmo que tivesse uma grande cota de mercado) porque motivo o anterior primeiro-ministro não o deixou ir à FALÊNCIA, sim porque se eu tiver uma empresa com 500 trabalhadores e fechar, o Estado não me vai ajudar. Acabar com a Swap, que prejudicam o erário público em 3 mil milhões de euros.
Impedir que as obras públicas custem mais que o planeado (muitas das vezes custam o dobro do que devem custar).
Acabar com as rendas excessivas em setores da energia, por exemplo a EDP é uma empresa privada, mas como tem o monopólio do mercado. Por que motivo deixam que o seu presidente (presidente da EDP) num ano de crise triplique o salário, quando muitos passam fome?
Os políticos que endividam quer o país, quer as autarquias, deviam de responder em tribunal, e deveriam de ser impedidos de trabalhar na função pública para o resto das suas vidas.
Penso que com o que disse em cima poderá ajudar a colmatar o défice. É necessário pensar que a minha posição nem é de esquerda nem de direita. Porque se for de poupar quem governa deve dar o exemplo. Quando muitas pessoas passam fome, porque deixar que um certo número de pessoas (classe política e gestores públicos) ganhe demasiado? Se o exemplo vem de cima, porque nunca se fez isso em Portugal?
Vão-me chamar demagogo por pedir isto. Experimentem fazer isto por um ano e vejam o que poupam. É necessário ser economista para propor medidas destas? O injusto é a disparidade entre o salário de um político medíocre e o salário de outro funcionário público qualquer.

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