Ouve-se constantemente que se têm que fazer cortes.
Muitos desses cortes irão afetar pessoas. O que é deveras duro, para quem paga
muitos impostos. Neste texto abordarei o que se pode poupar sem afetar as
populações que tanto contribuem para o bem público. Deveriam cortar-se nos
salários dos deputados na Assembleia da República (50% do salário – pois há
quem viva com 500 euros, porque não reduzir apenas em 50%?). Acabar com as
despesas de deslocação de um deputado, por exemplo se um deputado é de Bragança
não deve receber a mais por não ter casa própria em Lisboa, porque no caso de
eu ser professor não receberei a mais por dar aulas longe de minha casa.
Reduzir o número de deputados na Assembleia da República, pois se o mínimo que
podem ter segundo a lei é de 180, porque não poupar 50 lugares (deve estar lá
quem é mesmo preciso). Acabar com a frota automóvel dos partidos com assento
parlamentar e acabar com os carros que fazer parte do Estado (se eu me quiser
deslocar de Viana do Castelo para Faro uso o comboio ou autocarro ou carro
próprio, não uso carro que o erário público paga). O salário que ganha o
primeiro-ministro e os seus ministros deve ser reduzido, mais que 50%, para dar
o exemplo, bem como reduzir severamente o salário dos secretários de estado
mais de 50%. Reduzir para mais de metade do salário do Presidente da República.
Impossibilitar que um gestor de uma empresa pública ganhe mais que o
primeiro-ministro. Impossibilitar que ninguém na função pública ganhe mais que
o primeiro-ministro (falo com menos de 50% do seu vencimento). Quem quer neste
caso ser político ou gestor público, se tiver menos salário (claro que a
resposta será positiva, pois o problema não é apenas o que agora auferem, mas o
que no futuro, quando deixarem a vida política recebem)?
Acabar com as pensões milionárias da função pública,
incluindo as pensões de políticos que ao fim de 3 mandatos se podem reformar.
Impedir os Juízes do Tribunal Constitucional que ao fim de 12 anos se possam
reformar. Impedir que qualquer profissional do setor público ganhe mais que o
primeiro-ministro.
Acabar definitivamente com as Parcerias Público
Privadas, rasgar os acordos ruinosos. Deixar que o BPN, mesmo que privatizado,
prejudique o erário público. Isto é, se o banco é privado, e tem uma pequena
cota de mercado (até mesmo que tivesse uma grande cota de mercado) porque
motivo o anterior primeiro-ministro não o deixou ir à FALÊNCIA, sim porque se
eu tiver uma empresa com 500 trabalhadores e fechar, o Estado não me vai
ajudar. Acabar com a Swap, que prejudicam o erário público em 3 mil milhões de
euros.
Impedir que as obras públicas custem mais que o
planeado (muitas das vezes custam o dobro do que devem custar).
Acabar com as rendas excessivas em setores da
energia, por exemplo a EDP é uma empresa privada, mas como tem o monopólio do
mercado. Por que motivo deixam que o seu presidente (presidente da EDP) num ano
de crise triplique o salário, quando muitos passam fome?
Os políticos que endividam quer o país, quer as
autarquias, deviam de responder em tribunal, e deveriam de ser impedidos de
trabalhar na função pública para o resto das suas vidas.
Penso que com o que disse em cima poderá ajudar a
colmatar o défice. É necessário pensar que a minha posição nem é de esquerda
nem de direita. Porque se for de poupar quem governa deve dar o exemplo. Quando
muitas pessoas passam fome, porque deixar que um certo número de pessoas
(classe política e gestores públicos) ganhe demasiado? Se o exemplo vem de
cima, porque nunca se fez isso em Portugal?
Vão-me chamar demagogo por pedir isto. Experimentem
fazer isto por um ano e vejam o que poupam. É necessário ser economista para
propor medidas destas? O injusto é a disparidade entre o salário de um político
medíocre e o salário de outro funcionário público qualquer.
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